Projeto aposta na reflexão como forma de romper ciclo de violência doméstica
Os órgãos integrantes da rede de proteção à mulher reuniram-se nesta sexta-feira, 29, para discutir execução de projeto que visa desconstruir a cultura da violência doméstica e familiar a partir da conscientização dos agressores. Participaram representantes do MPE (Ministério Público Estadual), TJ-TO (Tribunal de Justiça), OAB-TO (Ordem dos Advogados do Brasil no Tocantins), Polícia Civil, Polícia Militar, Secretaria Estadual da Cidadania e Justiça e Secretaria de Saúde de Palmas. A iniciativa é elaborada pelo MPE, mas tem a parceria e a construção de todos os envolvidos. Pela OAB-TO, participaram da reunião a presidente da CMA (Comissão da Mulher Advogada) e secretária-adjunta, Graziela Reis. “A proposta do grupo reflexivo atende a um só tempo, uma das diretrizes da Lei Maria da Penha, que é tratar a pessoa do agressor, e a uma demanda dos próprios homens que se veem reproduzindo práticas agressivas sem assim percebê-las”, destacou Emilleny, ao ressaltar que na perspectiva de que é necessária uma abordagem multidisciplinar é da essência da Lei Maria da Penha, não importa apenas a punição, mas a mudança cultural de homens agressores e mulheres em situação de violência. A metodologia do projeto prevê realização de encontros quinzenais com agressores, conduzidos por equipe multidisciplinar, com o objetivo de reverter o comportamento agressivo e, com isso, evitar casos de reiteração, o que seria base para mudança de comportamento e de paradigmas das relações entre homem e mulher. O MPE prevê que o projeto se inicie na cidade de Palmas, em caráter experimental. Durante a reunião decidiu-se pela formação de comissão que discutirá os detalhes para a implementação do projeto. O projeto foi proposto pelo Núcleo Maria da Penha, órgão do Ministério Público que tem como atribuições atuar no atendimento e acompanhamento das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, promover a conscientização e o intercâmbio de informações, participar das políticas públicas da área, entre outras. (Com informações da Assessoria de Imprensa do MP)