Britto alerta candidatos à OAB para radicalismos e excessos na campanha
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, alertou os advogados brasileiros, em especial os candidatos que concorrerão a partir da próxima segunda-feira (16) às eleições nas 27 Seccionais, que não permitam a judicialização da campanha, não consentindo que radicalismos e excessos verbais prevaleçam sobre os objetivos superiores da instituição. "Nos próximos dias, os Conselhos Seccionais da OAB farão eleições em todo o país. Em seguida, teremos a eleição para o Conselho Federal. Serão oportunidades preciosas de mostrar à sociedade civil brasileira coerência entre discurso e prática. Não podemos, em hipótese alguma, reproduzir métodos que reprovamos nas eleições da política partidária", afirmou Britto. O alerta foi feito pelo presidente da OAB durante o encerramento da penúltima sessão do ano da entidade, realizada em Brasília. Britto ressaltou que o que está em pauta é a escolha de propostas, não a criminalização de candidatos. "O que todos almejam é o bem comum da instituição, que deve pairar acima de idiossincrasias e projetos pessoais", acrescentou Britto, que recebeu imediatamente o apoio unânime dos conselheiros federais presentes à sessão. A seguir a íntegra da manifestação feita pelo presidente nacional da OAB, Cezar Britto: "Eleição é o momento mais alto e significativo da democracia. E a OAB, que tem sua história de quase oito décadas marcada pela defesa intransigente desse sistema político, só pode exultar quando a ele é submetida, em todos os seus escalões. Nos próximos dias, os Conselhos Seccionais da OAB farão eleições em todo o país. Em seguida, teremos a eleição para o Conselho Federal. Serão oportunidades preciosas de mostrar à sociedade civil brasileira coerência entre discurso e prática. Não podemos, em hipótese alguma, reproduzir métodos que reprovamos nas eleições da política partidária. Eleição é - precisa ser - fator de união, não de desagregação. O que está em pauta é a escolha de propostas, não a criminalização de candidatos. O que todos almejam é o bem comum da instituição, que deve pairar acima de idiossincrasias e projetos pessoais. Portanto, não podemos permitir a judicialização da campanha, nem consentir que radicalismos e excessos verbais prevaleçam sobre os objetivos superiores de nossa instituição. Que estas eleições estejam à altura de nossas mais altas tradições é o que deseja e recomenda esta Presidência."